quarta-feira, 11 de julho de 2007

APENAS UMA LÁGRIMA

Uma lágrima teima percorrer as marcas deixadas na pele cansada deste rosto que, mais uma vez se vê desiludido por um sentimento que tem o nome da felicidade. No começo, tudo parece primavera, a felicidade é colorida, faz bem para a pele, os olhos ficam mais brilhantes, o sorriso simpático e humor muito melhor.

Quando se está vivendo uma paixão, as batidas descompassadas de um coração que parece não acreditar que vai agüentar a pressão ora em êxtase com elevação da pressão, ora tranqüilo pelo desejo satisfeito.

Os dias parecem intermináveis quando se está longe da pessoa amada, a saudade dói, dilacera o coração, a ansiedade aumenta, enfim – um turbilhão de sensações e sentimentos toma conta do nosso ser.

A simples presença da pessoa amada consegue transformar todos esses sentimentos, estar perto, mergulhar no brilho dos teus olhos, deliciar com o mel de sua boca, o calor do teu abraço.
Na magia deste momento o tempo tem outra dimensão, agora ele corre, voa, passa rápido até que novamente dois corpos, corações e mentes, são separados.

Tudo acontece tão rápido, mas existe a promessa do amanhã, a esperança de um novo encontro, os sonhos; O mundo parece conspirar a favor até que a realidade chega para te avisar que a festa acabou ou tem que acabar.

De repente, a realidade cruel se faz presente e traz à tona lembranças do mundo real, os sonhos se transformam em pesadelo, o coração agora parece não querer reagir, seus olhos antes brilhantes ficam opacos, sua pele enruga ainda mais, as cores da primavera se transforma no cinzento outono e o que lhe resta se transforma em apenas uma lágrima.
John Vask

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