quarta-feira, 22 de outubro de 2008

PASSIONAL


Em um crime passional,
nada existe de amor, aí está o grande mal.
O orgulho agora impede, vidas e vidas são sofridas.

Eloá, menina ainda criança,
soube do mal que a vida oferece.
Não pôde sua vontade fazer,
sem que o outro pensasse ela ofender.

Com o grande infortúnio, presa cativa
Do namorado com ódio voraz
Não poupou sua vida, loucura instalou, ali, sem medida.

Um sonho que acaba, outra chance não terá.

Caráter impulsivo, ainda também um menino.
Ceifando seus próprios sonhos e de sua dita amada,
Não imagina na sua insanidade a grande dor para a humanidade
Que assiste estarrecida a mais uma tragédia de desamor.

Quantas e quantas "Eloas" sofrem essa mesma dor...
Por não poder dizer não a quem o amor já os deixou!

Seus pais mal sabiam ter em sua casa quem a faria refém.
Maldito seja para a vida toda, não existe motivo para essa demanda,
Amor próprio ferido, orgulho por amor não ser correspondido.

Eloá tão querida, tem sua vida brutalmente, interrompida.
Para os que com ela viviam, levam a grande dor.
A dor da despedida, essa dor é infinda.


Nanci Laurino

Nenhum comentário: